A relação comercial do Brasil com os países de língua portuguesa foi tema da palestra do secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Emilio Garofalo Filho, durante a abertura do Encontro de Negócios na Língua Portuguesa, ontem, em Fortaleza (CE).
O secretário destacou o crescimento da corrente de comércio entre o Brasil e os países lusófonos - que têm o português como língua oficial. A soma das importações e exportações brasileiras para Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste passou de US$ 8,6 bilhões (total do período entre 2002 e 2006) para US$ 20,9 bilhões (entre 2007 e 2011).
De janeiro a agosto deste ano, a relação comercial, historicamente superavitária para o Brasil, registrou saldo positivo de US$ 1,4 bilhão. As vendas totalizam US$ 2,2 bilhões no período e as compras, US$ 790 milhões.
O secretário-executivo da Camex informou, ainda, que os principais destinos das exportações brasileiras para países lusófonos são Portugal (US$ 1,5 bilhão) e Angola (US$ 636 milhões). Além de serem os principais compradores de nossos produtos, Portugal (US$ 507 milhões) e Angola (US$ 270 milhões) também são, entre os países de língua portuguesa, os que mais vendem para o Brasil.
Os principais produtos exportados e importados pelo Brasil desses países são combustíveis minerais (óleos brutos de petróleo), óleos minerais e produtos da sua destilação; matérias betuminosas; ceras minerais; além de alimentos como carnes e miudezas, açúcares e produtos de confeitaria.
Promovido pela Câmara Brasil Portugal no Ceará, o Encontro de Negócios na Língua Portuguesa, que segue até o dia 6 de outubro, tem o objetivo de facilitar e intensificar as trocas comerciais entre os países lusófonos.
Além de palestras, também está sendo realizada a Mostra de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa, com 40 stands onde estarão representados os setores de indústria, serviços, tecnologia da informação, turismo, construção civil, agronegócios, logística, entre outros.
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