quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Cooperação económica entre países lusófonos deve passar do 'discurso à prática' já em 2012



 O Secretariado da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) quer que os chefes de Estado do bloco lusófono possam analisar no próximo ano medidas para ultrapassar os entraves à cooperação económica.

De acordo com o director-geral da CPLP, Hélder Vaz Lopes, as reuniões que vão preparar um plano para trazer a cooperação económica «do discurso para a prática» começam ainda este ano.

«Até o fim do ano, vamos começar as reuniões técnicas e, depois, reuniremos as agências de investimentos e de promoção do desenvolvimento», disse o responsável à Agência Lusa, durante o Encontro de Negócios na Língua Portuguesa, que decorre até quinta-feira em Fortaleza, no Brasil.

O secretariado da CPLP já identificou os peritos que participarão nos debates técnicos. Os nomes estão em fase de aprovação pelos países-membros.

A expectativa é que, até Maio de 2012, o tema possa ser avaliado pelos ministros da Economia dos países da CPLP. Caso haja consenso, as propostas podem ser transformadas em acordo já na próxima cimeira do bloco, que está marcada para Julho, em Moçambique.

Segundo Vaz Lopes, «há pilhas de diagnósticos» que mostram os entraves para colocar em prática a cooperação económica. No entanto, a falta de definição de prazos e metas nunca permitiu os trabalhos avançassem.

«A única forma de fazer é trabalhar sob pressão», declarou o responsável, em referência ao calendário apertado, que foi aprovado pelos governos dos países lusófonos.

Os mecanismos para aproximar os países da CPLP ainda vão ser discutidos. Entre as possíveis soluções está a criação de um banco de fomento. Qualquer medida, porém, precisa alcançar o consenso entre os países-membros para ser aplicada.

A distribuição geográfica dos países da CPLP, presentes em quatro continentes, faz com que o bloco seja uma plataforma estratégica para as empresas alcançarem novos mercados.

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