O vinho português também pode ser fresco, saboroso e fácil de beber, descobriu o jornalista britânico Tom Cannavan, que este ano foi responsável por escolher os 50 melhores vinhos portugueses para o Reino Unido.
No espaço de oito meses este escocês provou mais de mil vinhos e visitou as regiões portuguesas e respetivos produtores, mas cedo abandonou a ideia inicial de escolher exemplos de vinhos originais e clássicos.
“Depressa abandonei a ideia porque os produtores andam na fronteira - usam castas tradicionais [na produção do vinho] mas com um estilo moderno - e percebi que a divisão entre originais e clássicos era falsa”, afirmou à agência Lusa.
Decidiu então começar a procurar vinhos que “mostrassem uma frescura verdadeira”, acabando por selecionar um conjunto de brancos e tintos “muito frescos, atraentes, saborosos, vinhos para acompanhar comida”.
Cannavan “não queria vinhos que fossem pesados, vinhos que tivessem demasiado carvalho ou demasiada extração e riqueza”, vincou.
Assim, elegeu antes “vinhos que tivessem suficiente fruta e fáceis de beber mas que tivessem frescura e refrescassem o palato com boa acidez e claridade”.
O jornalista acredita que esta categoria “é uma das coisas pelas quais Portugal não tem suficiente reputação mas depressa percebi que é possível encontrá-la”.
A lista final inclui 13 brancos, 35 tintos e dois vinhos licorosos, produzidos nas regiões do Dão, Vinho Verde, Colares, Beiras, Alentejo, Douro, Lisboa, Trás-os-Montes, Bairrada, Península de Setúbal, Tejo e Minho.
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