Entre os grupos portugueses que compõem o PSI-20, principal índice bolsista luso, sete têm algum tipo de exposição ao Brasil. Juntas, essas empresas cotadas na Euronext Lisboa valiam 60,3% da capitalização do PSI-20 no final de 2010, segundo os dados divulgados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A Portugal Telecom (PT) assumia no final de dezembro um peso de 16,75% no PSI-20 (abaixo dos 19,87% de novembro) e tinha a liderança do índice. Embora tenha já vendido a sua participação na Vivo, a PT tem em curso um processo para adquirir uma posição na também brasileira Oi durante os próximos meses, pelo que continuará exposta ao mercado brasileiro.
A Galp Energia, com um peso de 15,26% no PSI-20 (13,96% em novembro), era outro dos destaques. Parceira da Petrobras na exploração petrolífera, a Galp poderá em breve vir a contar com a estatal brasileira na sua estrutura accionista, pois a Petrobras já assumiu estar a negociar a compra dos 33,34% que a italiana Eni tem na Galp.
A EDP - Energias de Portugal é outro importante elemento do PSI-20, assumindo um peso de 13,65% no índice português (face a 13,72% em novembro), e continuando a beneficiar dos resultados obtidos no Brasil, onde está presente na geração eléctrica, distribuição e comercialização.
Controlada pela EDP, mas com gestão autónoma, a EDP Renováveis é outro dos integrantes do PSI-20, onde assume um peso de 4,05% (em novembro representava 3,52%). A EDP Renováveis marca presença no Brasil através de um parque eólico em Santa Catarina, tendo um "pipeline" de projectos que tornam o mercado brasileiro um dos mais importantes para a empresa nos próximos anos.
O Banco Espírito Santo (BES), que vale 6,47% do PSI-20, é outro grupo luso com exposição ao Brasil, sobretudo na banca de investimento.
A Cimpor, com os seus 3,64% de peso no PSI-20, é actualmente a empresa "mais brasileira" da bolsa portuguesa, já que mais de metade do seu capital é controlado pela Votorantim e pela Camargo Corrêa. E além disso a cimenteira lusa tem no Brasil um dos seus maiores mercados em todo o mundo.
A Mota-Engil completa o leque de empresas do principal índice da bolsa portuguesa com exposição ao Brasil. A aposta do grupo de construção no mercado brasileiro é relativamente recente, mas o peso do Brasil nas receitas da Mota-Engil promete crescer de ano para ano, com o foco nas infra-estruturas. Ainda assim, a Mota-Engil representa apenas 0,46% da capitalização do PSI-20.
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