domingo, 4 de abril de 2010

OGMA negoceia produção em Portugal de novo avião militar da Embraer

A OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal está a negociar o fabrico de componentes para o novo avião militar da Embraer.

O processo, que está a ser intermediado directamente pelo Ministério da Defesa de Portugal, a quem cabe a decisão final, ainda se encontra numa fase embrionária, mas o Governo português e a fabricante brasileira têm trabalhado no sentido de integrar Portugal no programa do CK-390, que poderá substituir os actuais C-130H da Força Aérea Portuguesa.
Os contactos intensificaram-se desde o Verão passado, após o lançamento da primeira pedra da primeira fábrica da Embraer, em Évora . O argumento, do lado português, é a valência da OGMA no fabrico de materiais compósitos (peças em plástico e fibra, que são mais leves).

Para já, a possibilidade da montagem final do avião também ser feita em Portugal ainda não foi definida, mas também não está afastada. Na mesma corrida estão países como o Chile, a Colômbia, África do Sul e ainda, embora na cauda das preferências, a Argentina. Também França, onde a Embraer tem uma filial, poderá participar neste programa.

Vale a pena recordar que recentemente a Embraer promoveu em Évora, juntamente com a AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, um encontro com a indústria portuguesa para apresentar as oportunidades de negócio do sector aeronáutico.

Em Évora várias empresas portuguesas ficaram a conhecer melhor o programa de contratações da Embraer.
Fundada em 1918, a OGMA foi privatizada no ano 2003. O Estado português reduziu a sua posição para 35%, através da Empordef. Os restantes 65% são detidos pela Airholding, empresa controlada a 70% pela Embraer e a 30% pela europeia EADS (que fabrica os aviões Airbus).

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