O mercado brasileiro tornou-se indispensável para a maior cimenteira portuguesa e já se reflecte positivamente nos resultados: em 2010 a Cimpor lucrou no Brasil mais do dobro do que em Portugal. As operações brasileiras renderam ao grupo 111,5 milhões de euros no ano passado, enquanto o mercado doméstico gerou 46,6 milhões de euros de resultado líquido.
O desempenho do Brasil foi também superior no volume de negócios. Em 2010 a Cimpor facturou 609,2 milhões de euros, mais do que em qualquer outro mercado onde o grupo está presente. Em Portugal a Cimpor apresentou um volume de negócios de 441,4 milhões de euros.
A liderança do Brasil nas contas da cimenteira lusa, em que mais de metade do capital já é de accionistas brasileiros (a Votorantim e a Camargo Corrêa), acontece apesar de esse mercado nem sequer ser aquele onde a Cimpor tem mais capacidade instalada. Em Portugal a Cimpor tem capacidade para produzir 7,1 milhões de toneladas de cimento por ano, enquanto no Brasil a capacidade instalada é de 6,5 milhões de toneladas.
Investimento crescente no Brasil
O grupo está a trabalhar para reforçar a expressão do Brasil nos seus negócios. Só em 2010 o mercado brasileiro recebeu 60,4 milhões de euros de investimento operacional da Cimpor. Como comparação, o segundo país onde a companhia mais investiu (Portugal) teve apenas 18 milhões de euros de investimento.
A verba aplicada no Brasil foi essencialmente para novos moinhos de cimento em Cezarina e para o aumento de capacidade nas unidades de Cezarina, Cajati e João Pessoa.
Esta é uma aposta para continuar. No ano passado a Cimpor aprovou um programa para investir no Brasil 240 milhões de euros até 2013 no reforço da capacidade. O grupo português pretende acrescentar 2,3 milhões de toneladas de capacidade de produção, ou seja, mais 35% face à actualmente existente.
O crescimento da operação brasileira é uma tendência destacada na avaliação do presidente executivo da Cimpor. "O Brasil reforça a sua posição como motor fundamental de performance e crescimento e aposta segura da Cimpor", indica Francisco Lacerda, no relatório e contas do grupo.
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