Conduzir um Mustang, ter uma aula de póquer, andar de helicóptero sobre o Rio de Janeiro, degustar um verdadeiro crepe parisiense no Nordeste brasileiro. Há 3 mil experiências diferentes no catálogo da Pandora, empresa que acaba de ser lançada no Brasil por um jovem empresário português.
"Apostámos no segmento corporativo, em vender às grandes empresas", explica Ricardo Ferreira, de 27 anos, fundador e sócio maioritário da Pandora Experiências. O empresário, que tinha ido para o Brasil iniciar a operação internacional de A Vida é Bela, da qual detinha 30%, acabou por encontrar investidores dispostos a financiar uma empresa do zero. E achou que o mercado corporativo estava tão mal explorado que era ali que se encontrava o maior potencial de crescimento.
"Os pacotes de experiências já são muito usados na Europa, mas aqui é um mercado que está só a começar", indica. "Além disso, fazer um acordo com o HSBC é a mesma coisa do que negociar com dez bancos portugueses", acrescenta. A dimensão do Brasil, por outro lado, exige um grande esforço inicial de investimento, e é por isso que a Pandora está prestes a garantir a injecção de capital por parte de um fundo.
Caixa de Pandora
A particularidade dos pacotes para empresas está no tipo de experiências e até na qualidade da caixa. Os pacotes são vendidos em dois formatos: para utilização interna nas empresas, "por exemplo para oferecer quando um funcionário faz anos ou para team building"; ou como elemento de marketing, para oferecer aos clientes finais.
Um dos negócios que a Pandora está a fechar neste momento é com uma operadora de telecomunicações, que vai oferecer um pacote de experiências a todos os clientes que aderirem à factura electrónica e ao débito directo. "Acaba por ser um investimento inicial avultado, mas que se paga em menos de um ano", garante Ricardo Ferreira. Na Pandora as experiências mais baratas custam 70 reais (30 euros) e as mais caras 380 reais (150 euros).
Outras negociações em curso incluem os bancos Santander e Bradesco, as operadoras Claro e Oi e a transportadora aérea TAM, que tem um cartão de fidelidade com vários parceiros por todo o Brasil e que poderá adicionar as caixas Pandora ao catálogo de pontos.
Com um investimento já feito de 400 mil euros, a Pandora prepara-se para uma nova fase: entrar na guerra do retalho, onde já estão A Vida é Bela - a operação montada pelo próprio presidente da Pandora - e a Smartbox.
As experiências para o consumo vão ser postas à venda nas grandes cadeias - Fnac, Pão de Açúcar, Walmart e Livraria Saraiva, em Abril -, e a expectativa é investir, até final do ano, perto de um milhão de euros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário