O Brasil é o terceiro maior destino dos capitais dos fundos de investimento portugueses no que respeita a acções. De acordo com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no final de fevereiro os fundos lusos tinham 426 milhões de euros aplicados em acções brasileiras, mais 4,3% do que em janeiro.
O valor é apenas superado pelos 593,5 milhões de euros aplicados em acções portuguesas (menos 1,3% que em janeiro) e pelos 506,5 milhões de euros investidos em acções de empresas dos Estados Unidos da América (mais 4,5% que no mês anterior).
A principal aposta dos fundos de investimento portugueses no mercado de acções são os títulos do Bradesco, onde em fevereiro estavam aplicados 317,1 milhões de euros (variação mensal de 4,2%), sem contar com os 13,1 milhões de euros investidos nos ADR do Bradesco, os títulos do banco brasileiro cotados nos Estados Unidos.
O Bradesco é um dos accionistas de referência do Banco Espírito Santo (BES), que é o banco português preferido dos fundos, correspondendo a investimentos de 156 milhões de euros no final do mês passado.
A segunda empresa brasileira mais representativa na carteira dos fundos de investimento portugueses é a Petrobras, com 11,1 milhões de euros aplicados nas suas acções ordinárias e 9,2 milhões em ADR. O Itaú, valendo 15,5 milhões de euros nas carteiras lusas, e a Vale, com 10,8 milhões, estão também no topo da preferência dos gestores de fundos em Portugal.
No total, incluindo acções, dívida pública e outros títulos, o investimento dos fundos portugueses em valores cotados brasileiros ascendia em fevereiro a 512,4 milhões de euros (mais 3,5% face a janeiro), posicionando o Brasil em sétimo lugar na lista de mercados dos fundos, atrás de Luxemburgo, Portugal, Reino Unido, Alemanha, Irlanda e Estados Unidos.
Segundo a CMVM, o montante aplicado em acções de empresas nacionais caiu 1,3%, para 593,7 milhões de euros, enquanto as aplicações em acções estrangeiras aumentaram 2,4%, para 2.010,3 milhões de euros em fevereiro.
Os maiores investimentos dos fundos portugueses em acções
1. Bradesco (Brasil): 317,1 milhões de euros
2. BES (Portugal): 156 milhões de euros
3. Galp (Portugal): 43,5 milhões de euros
4. Zon Multimedia (Portugal): 42,9 milhões de euros
5. Semapa (Portugal): 36,7 milhões de euros
6. Espírito Santo Financial Group (Portugal): 36,5 milhões de euros
7. Jerónimo Martins (Portugal): 27,7 milhões de euros
8. Telefónica (Espanha): 27,4 milhões de euros
9. Cimpor (Portugal): 22,1 milhões de euros
10. Siemens (Alemanha): 20,8 milhões de euros
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