sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Portugal e Brasil chegam a acordo sobre preservação do cavalo puro sangue lusitano


As regras para certificar o cavalo puro sangue lusitano passam a ser obrigatórias também para os criadores desta raça no Brasil, segundo um protocolo negociado entre os dois países homologado hoje, na Golegã.

O acordo, assinado no início de Outubro entre a Fundação Alter Real e as associações de criadores do cavalo puro sangue lusitano de Portugal e do Brasil, foi hoje homologado pelo ministro da Agricultura português e pelo novo embaixador do Brasil em Lisboa.

O ministro António Serrano realçou o facto de terem sido ultrapassadas as dificuldades que impediam o acordo, sublinhando que ficam agora criadas as condições para ser dado “um salto qualitativo na divulgação do cavalo lusitano no Mundo”.

O presidente da Fundação Alter Real, António Sousa, afirmou que as formalizações em termos técnicos contidas no protocolo vêm dar “mais rigor para a defesa da raça”, a par de ficar definida uma estratégia para a internacionalização do puro sangue lusitano.

Manuel Campilho, presidente da Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (APSL), referiu as dificuldades que tiveram que ser ultrapassadas para se chegar a acordo, considerando que o protocolo alcançado vem pacificar as relações com os criadores brasileiros.

Segundo disse, fica agora claro que “só é cavalo lusitano o que estiver inscrito no livro genealógico português”.

“Já era assim, só que não era cumprido”, afirmou, congratulando-se pelo alcance de um acordo que vem salvaguardar um “produto de excelência que precisa de ser levado pelo Mundo”.

O presidente da Associação Brasileira de Criadores do Puro Sangue Lusitano, Geraldo Le Foss, reconheceu que o protocolo que havia sido assinado em 2004 teve “vários problemas para ser aplicado”, o que causou “constrangimentos nas relações entre os dois países”.

Declarando que o Brasil está também interessado em defender a raça e a imagem do cavalo lusitano no Mundo, Le Foss congratulou-se com a “harmonia” alcançada.

O ministro António Serrano realçou o valor económico da fileira do cavalo, em particular do cavalo lusitano, destacando que o protocolo, além de assegurar a preservação da raça, irá prosseguir o trabalho já iniciado ao nível dos bancos de preservação genética, já que impõe normas científicas a cumprir nos dois países.

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