quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Alentejo, região do Sul de Portugal, rivaliza com Toscânia ou Provença - diz antiga embaixatriz do Brasil

Após viver em Nova Iorque, Lisboa e Madrid, devido à carreira diplomática do marido, a brasileira Christina Autran descobriu no Alentejo “o melhor de todos os mundos”. Compara-o à Provença ou à Toscânia, com vantagem para a região portuguesa.

 Uma paixão partilhada com o marido, Carlos Garcia, que foi diplomata em embaixadas do Brasil mundo fora, como a de Lisboa, e chegou a ser embaixador em Espanha.

Agora, com o marido já reformado, a antiga embaixatriz lançou no Brasil um livro sobre o Alentejo, região onde passam largas temporadas e têm casa, em Vimieiro (Arraiolos).

“Os brasileiros, quando vêm para cá, vão a Évora, almoçam muito bem, fazem aquele passeio e acabou. Mas tem tanta coisa mais para ser vista… E é isso que eu quis fazer, mostrar que tem mais”, assegura à agência Lusa.

E o que é esse “mais”? A também jornalista e escritora não hesita, quando é para falar sobre o seu “cantinho” português.


“A geografia, a paisagem, os frutos dessa paisagem, a comida deliciosa, os passeios incríveis, as cidades, as vilas, a arquitetura. Acho isto tudo encantador”, diz.

Sem a pretensão de guia, o livro é assumido como “um relato apaixonado e impressionista” da região. Com sotaque brasileiro, mas já com coração alentejano.

Na obra “O Meu Alentejo – Aventuras e dicas de uma brasileira no sul de Portugal”, da editora Record, Christina apresenta “sugestões de passeios e programas agradáveis” e “recomendações pessoais” de alojamento e restaurantes.

A autora recorda ainda como o casal trocou o “glitter (brilho) de Nova Iorque” por Portugal, no início dos anos 80, e o fascínio pela paisagem alentejana: “Adoro estas árvores impressionantes, retorcidas, com a maior personalidade. Um sobreiro descascado é uma imagem que a gente não esquece”.

O “romance” foi assumido mais tarde, em Espanha, quando descobriram o terreno certo e construíram a casa, de barras azuis e “pintada” de alecrim, oliveiras, laranjeiras e limoeiros.

Na Quinta da Boa Vista, batizada com o nome da casa onde se instalou a família real portuguesa ao mudar-se para o Rio de Janeiro, a jornalista evoca o “seu” Alentejo, o do livro, escrito quando abraçou a vida rural.

“No sentido geográfico, este é o ‘meu’ Alentejo, o das minhas redondezas”, conta, acrescentando que, o das emoções, é vasto como as planícies: “É este céu azul, uma lareira, as laranjeiras, a feira de Estremoz. É comer bem, é um porco preto, um bom azeite e um bom vinho”

Com o livro a “vender bem” no Brasil, e conversações para uma possível edição portuguesa, a escritora fica “feliz” por divulgar uma região que, apesar dos vinhos famosos, ainda é “pouco conhecida”.

Mas que, na hora de traçar destinos de viagem, pode rivalizar com a Provença francesa ou a Toscânia italiana, “lugares lindos, com todas as características que existem aqui” e que “têm um marketing extraordinário”.

“Todo o mundo vai para lá e adora. Porque não vir para cá também? Especialmente os brasileiros. Vão encontrar um estilo de vida semelhante e sem o problema da língua. Eu acho que é o melhor de todos os mundos”, garante.

Christina Autran é autora dos livros Sabores do Brasil — receitas da embaixada, prêmio especial do júri do Gourmand World Cookbook Awards 2006; Por que a mulher gosta de apanhar — e outras reportagens dos anos 1960 e 1970; A gula do poder e O poder da gula", em co-autoria; e do livro de poesias Na ponta do lápis.

Trabalhou no Jornal do Brasil, nas revistas Manchete, Veja e Diner's, na TV Globo, nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal de Brasília.

Christina Autran é autora dos livros Sabores do Brasil — receitas da embaixada, prêmio especial do júri do Gourmand World Cookbook Awards 2006; Por que a mulher gosta de apanhar — e outras reportagens dos anos 1960 e 1970; A gula do poder e O poder da gula", em co-autoria; e do livro de poesias Na ponta do lápis.

Trabalhou no Jornal do Brasil, nas revistas Manchete, Veja e Diner's, na TV Globo, nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal de Brasília.

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