quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Carro eléctrico contribui para mudar perfil das exportações portuguesas

O presidente da agência para o comércio externo português - AICEP -  considerou no passado dia 6 de dezembro que a aposta nos carros eléctricos vai fazer com que Portugal seja conhecido pelos seus produtos de alta tecnologia, o que poderá abrir portas a novos mercados.

"Durante muito tempo exportamos para  os nossos produtos tradicionais: azeite, cortiça, vinho. Agora estamos numa nova fase. O carro eléctrico entra nos produtos de alta tecnologia e Portugal passa a ser conhecido  não apenas pelos seus produtos de tradição, mas também por produtos de alta tecnologia, o que simboliza a mudança que houve no modelo da nossa economia", disse Basílio Horta.

Basílio Horta falava à margem do seminário "Challenges and Opportunities for the Electric Vehicle Society" (Desafios e Oportunidades para a Sociedade do Veículo Elétrico), organizado conjuntamente pela AICEP e pela sua congénere japonesa, a JETRO (Japan External Trade Organization).

Para o presidente da AICEP, "em termos de imagem de Portugal  [o carro eléctrico] pode abrir outras portas, não só para produtos mas também para outros mercados".

"Estamos a criar um cluster do carro eléctrico, como criámos já para o sector aeronáutico. É um aspecto relevante para Portugal, já para não falar do impacto da mobilidade eléctrica na nossa balança comercial: se nesta altura tirássemos a energia e os combustíveis às nossas importações, pela primeira vez teríamos uma balança comercial positiva", salientou.

Num contexto mais global, o presidente da agência para o comércio externo disse que as exportações portuguesas estão a crescer.

"Os números são animadores. Em Setembro as nossas exportações estão a crescer 15,4% no seu conjunto, e a crescer muito em produtos de média e alta tecnologia, que nesta altura já são uma parte muito importante da nossa exportação", disse.

Por outro lado, o comércio externo está a crescer para os mercados fora da Europa. "Estão a crescer para fora da Europa mais de 18%, o que é muito importante. Hoje mais de 25% das nossas exportações são para fora da Europa, o que significa que a estratégia de diversificação de mercados está a dar resultados", salientou.

Já quanto à taxa de cobertura das exportações pelas importações, passou de 59% para 63%, disse Basílio Horta. "Estamos numa boa linha de recuperação, próximo dos números de 2008", concluiu.

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