terça-feira, 1 de junho de 2010

Empresas portuguesas na área da energia traçam novas oportunidades no Brasil


Num Brasil com vastos recursos petrolíferos e cada vez maiores necessidades de electricidade, empresas portuguesas da área da energia como a Galp, a EDP e a Efacec traçaram objectivos para aproveitar as novas oportunidades.

Para a Galp o principal objectivo é reforçar uma aposta antiga no negócio mais importante: a extracção de petróleo no Tupi, na Bacia de Santos. E com um novo dado: o previsível início da primeira extracção comercial no final de Outubro.

Como disse recentemente o presidente da petrolífera portuguesa, os testes realizados mostram que são fiáveis as estimativas de que se trata de uma reserva de 5 a 8 mil milhões de barris de crude.
A partir de Setembro, a Galp conta extrair uma média de 20 mil barris por dia (através do navio/plataforma Cidade de Angra dos Reis) e o presidente da petrolífera acredita que esse número vai duplicar em Novembro ou Dezembro. No final de 2011 ou início de 2012, a petrolífera espera atingir a marca dos 100 mil barris por dia.
Por outro lado, até ao final do ano a Galp vai furar nove poços de exploração em vários campos na Bacia de Santos, noutras partes da chamada camada pré-sal, dois deles já neste segundo trimestre.

O investimento total no Tupi, que a Galp explora em parceria com a Petrobras, ascende a 3,7 mil milhões de dólares (3 mil milhões de euros), sendo que até ao momento a petrolífera portuguesa já investiu cerca de 100 milhões de dólares (81,4 milhões de euros).
Também a EDP tem um plano ambicioso para o Brasil, através das participadas EDP Brasil e EDP Renováveis.

O administrador executivo da EDP Brasil anunciou recentemente que a eléctrica prevê investir este ano 1,03 mil milhões de reais (cerca de 456 milhões de euros) e outros 787 milhões de reais (346 milhões de euros) em 2011.
O objectivo é ter uma capacidade instalada de 2.150 megawatts de potência em 2012. Neste aspecto os projectos mais emblemáticos são o parque eólico de Tramandaí (Rio Grande do Sul) e a central a carvão do Pecém, ambos já em construção. Em pipeline estão várias pequenas e médias centrais hídricas, parques eólicos e uma central de ciclo

No total, a eléctrica portuguesa opera no Brasil três parques eólicos, uma central a carvão e 17 centrais hídricas.
A EDP Brasil também é distribuidora de energia no Brasil, servindo já cerca de três milhões de clientes na área de São Paulo (EDP Bandeirante) e no Espírito Santo (EDP Escelsa).

Para a Efacec, empresa na área dos grandes equipamentos eléctricos e transportes, o Brasil é um mercado prioritário.
"Esperamos chegar aos 300 milhões" de volume de negócios em 2010, "mas estamos a visar o ano de 2014, e antes 2013 e 2012, em que vão ser feitas grandes obras de infra-estruturas no Brasil. Para nós o Brasil já hoje é o principal mercado", disse o presidente da empresa, Luís Filipe Pereira.
O Brasil representou em 2009 cerca de 20 por cento dos negócios da Efacec (ascendendo a 250 milhões de euros).

Tendo em vista o Campeonato do Mundo, em 2014, e depois os Jogos Olímpicos, a Efacec está já a posicionar-se para os concursos públicos.
"Estamos fundamentalmente interessados em averiguar que tipo de concursos vão ser lançados e em que áreas. Sendo certo já hoje que estamos a participar", acrescentou o responsável.

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